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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Poema – não – poema [Sintaxe]

Boca voz verso
em mim atroz
Deságua
Foz
maré cheia- ressaca
engole o mundo
engasga palavra
descabida
vida que se tem arredia
vontade do absurdo
momento
insano de fazer poesia a carne
crua que se mantém viva a alma
errante
passos confusos
pensamentos infindos
problemas não
matemáticos
da vida que é minha por
excelência. Na adição
de subtração dos
valores
fra – ci -
o -
na -
dos
decomponho-me
nas escolhas que não tem raiz
exata
para encontrar
a sintaxe que este
poema – não – poema
está longe de
ter.


 

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