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sábado, 24 de setembro de 2011

uma carta pra saudade

Com medo de que alguém diga que sou piegas, eu não escrevo algumas certas coisas.
Hoje é diferente. Estou escrevendo somente para mim. Não. Estou escrevendo uma carta pra saudade. A saudade que é da cor desta tinta. A saudade que é pulsante e inquieta. Que deixa meu corpo desritmado. Dedico a você, que deixa aqui comigo a saudade, quando não está, o espaço do meu abraço que t’espera todo. Para ser completo com a parte que te cabe. Com a parte do meu beijo eu te espero, pra quando a metade outra da tua boca vier toda comera a minha. Te espero com todo meu pensamento obsessivo  na tua existência e, como castigo ou ânsia, se alimenta de cada lembrança deixada pela tua vida na minha.
Sabe, às vezes sinto que esperei desde o parto prematuro para te encontrar. Talvez seja isso: sou prematuro. Nasci de sete meses por conta da impaciência que tive para esperar o momento em que eu pudesse te encontrar. Hoje, eu olho o espelho e vejo você. No meu reflexo.
Este será o nosso segredo.

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